Artigo Político 1

Bispo Marcos José (Psicólogo)


                                                A CONSCIÊNCIA POLÍTICA DA IGREJA

A Igreja Brasileira tem desempenhado muito bem o seu papel na promoção da verdade, da justiça e da evangelização. Mas no que diz respeito a realização do homem em sua cidadania e o seu papel social enquanto Cidadão do Reino de Deus na face da terra deixa um pouco a desejar. A Consciência Cristã em defesa de uma sociedade mais justa e solidária fundamentada na fé em Jesus Cristo que respeita e acolhe a quem pensa de maneira diferente é algo que defendemos, mas de modo algum entra em contradição ou oposição aos valores humanosdefendidos pelo  Estado.                            Devemos ter e defender um Estado Laico, mas jamais deixar de influenciar o mundo como “sal e luz” que somos. Se somos continuadores da Missão de Cristo na terra, não podemos impor, mas somos livres para propor, orientar, instruir, educar e edificar na verdade, ajudando na formação da consciência de todos homens e mulheres.
                         A Igreja não vive em antagonismo com o estado. Embora reconheça a sua autonomia e competência para o que é devido, não está  impedida de cobrar dos seus representantes que estejam comprometidos com o bem comum e com a justiça.
                         O bem comum fala em defender o direito de todos e não de uma minoria.A  justiça fala em promoção da dignidade humana para todos sem dar enfoque às minorias. Certamente aí se encaixa a proposta da Igreja quanto a sua Consciência Política sempre que eleva o homem e a sociedade não como um fim em si mesmo, mas como sombra do que será definitivo, ou seja, a Salvação e Cidadania Celeste, nossa verdadeira Pátria junto a Deus.
                       Na formação dessa consciência política o bom cristão tem que  exorcizar alguns fantasmas que marcaram a sua prática política: somos cidadãos do céu e não devemos nos contaminar com as coisas desse mundo. Religião e política não se discutem. “Irmão vota em irmão’’. ‘’Todo crente que entra na política se contamina”,  etc...
                      A postura de um Cristão que tem consciência política não é de separar a fé e a política e nem de confudí-las, mas de agir como cidadão para impedir os abusos praticados por ambos. A separação promove a corrupção das instituições políticas porque elas ficam sem freio. A confusão destrói a consciência da comunidade cristã e leva a um regime autocrático, autoritário e legalista.
                    Os homens de Deus Profetas, Sacerdotes, Juízes, Apóstolos, Evangelistas, etc.  não hesitaram em levantar a voz contra os males da sua época; chamar a atenção das autoridades e exigir mudanças estruturais que promovessem o bem estar da  sociedade.
                   Os Reformadores: Lutero, Calvino, Zwinglio, João Huns , de quem somos herdeiros,  fizeram   de tudo para evitar a mistura da fé e a política, como também o divorcio de ambos.  Politicamente com ética, democracia e competência eles agiram através de uma Consciência Política em prol de uma ação transformadora que favorecesse as vitimas do descaso da sociedade. Assim combateram a injustiça, a corrupção, a violência e a fome em suas nações.
                Diante dessa tão “grande nuvem de testemunhas” devemos parar e cair no ostracismo ou imitá-los buscando uma postura equilibrada que possa fazer da Igreja Brasileira uma instituição politicamente preparada para transformar essa Nação.

Artigo Político 2

Bispo Marcos José (Psicólogo)


                      Partidarismo ou Filiação Partidária não existe outra saída.

“Aquele que se entrega sem reservas aos apelos temporais de uma nação, de um partido, ou de uma classe, está dando a César algo que, de maneira mais do que enfática, pertence a Deus: está dando a si mesmo.” C. S. Lewis

    Quando li essa frase de C.S. Lewis, escritor Irlandês, nascido em Belfast,ano de1898 e falecido em 1963 na cidade de Oxford, autor e escritor que  salientou-se  pelo seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã  desenvolvido através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de livros infantis de nome As Crônicas de Nárnia.
    Estava lendo parte do LIVRO, O PESO DA GLÓRIA onde o mesmo  tenta fazer a apologia de que o Cristão quando chamado para exercer seu dever junto à pátria, no caso alistamento militar para ir à guerra, deveria cumpri-la mesmo que isso o levasse a matar alguém, o que é contrário aos princípios cristãos. Ele salienta em seu comentário que todo dever é um dever religioso, e que nossa obrigação de desempenhar esse dever é absoluta. Então argumenta: “se vivemos em uma praia perigosa, devemos nos preparar para o ofício de salva-vidas, de modo que estejamos prontos caso apareça alguém se afogando. Quem sabe tenhamos até que perder a nossa própria vida para salvá-lo”. E acrescenta “salvar a vida de pessoas do afogamento é um dever pelo qual vale a pena morrer, mas não para o qual valha a pena viver” . Assim tudo indica que os deveres políticos entre os quais ele inclui os deveres militares sejam desse tipo. Só que o Cristão quando a serviço da pátria e em sua defesa matam alguém, seja por legítima defesa, ou para preservar a vida, isso não vem ao caso. Ele não fará por devoção, mas em cumprimento de sua obrigação como cidadão que é tão importante quanto a de um cristão.
     A única coisa que diverge e se contrapõe entre um cristão e um cidadão é a maneira e intensidade com que ele faz e realiza as suas atividades. Como cidadão ele as pratica como um dever a ser cumprido, mas como Cristão ele realiza de todo coração, ou seja, ele vive para o que o motiva. A sua razão de viver é Deus.
     Sem ‘’querer, querendo”, parafraseando o Chaves, comediante mexicano, posso afirmar que o mesmo raciocínio se aplica ao que diz respeito ao assunto do nosso tema de hoje: Partidarismo ou Filiação Partidária não existe outra saída.
      O Cristão não pode se omitir frente aos acontecimentos cotidianos, seja no âmbito político ou não, cercados de informação ou desinformação, e dotados de alguma capacidade de raciocínio e discernimento, é muito difícil não assumirmos uma postura dogmática, a partir de nossa maneira de ver o mundo, e nela ficarmos fechados por nossas próprias limitações ou cegos para tudo o mais.  Ao invés de olharmos para fora,  vermos o Mundo e procurarmos dar uma resposta àquilo que sabemos que está errado, voltamos os olhos para nós mesmos e nos fechamos para vivemos em volta do nosso sincretismo que colocamos em todas as coisas. Isto ocorre graças à nossa incapacidade de mantermos uma distância das inúmeras situações que testemunhamos, sejam benéficas ou maléficas.
      Deus não nos chamou para o isolamento, mas para ser Sal e Luz. O sal só é eficaz quando se mistura para dar o sabor e a luz só ilumina quando penetra para dissipar as trevas.
     Da mesma forma deve ser o agir do Cristão em relação a sua ação política ele tem que correr o risco de se misturar e ter a ousadia de penetrar.
Vejo o agir do Cristão seja por meio da apologia, da mídia, e estou falando Jornal, Rádio, TV, Internet, etc. ou da ação evangelizadora como algo de arrepiar cabelo de careca. O Partidarismo em favor de candidato D,M,P ou S estar a solta. O perigo é que não vai levar a lugar algum. “Partidarismo é uma palavra derivada de partido”, que significa: “um grupo de pessoas unidas pelos mesmos interesses, ideais e objetivos”. E em prol desses ideais se calunia,mente, difama, levanta falsos testemunhos. Revestidos de uma neutralidade e santidade que faz inveja a qualquer fariseu.
     Faz-se necessário que o Cristão Brasileiro assuma de vez a postura de Filiação Partidária, dê  a Cara a Bater, faça a sua inscrição em algum partido, seja o melhor que lhe convier e enfrente uma disputa eleitoral que lhe garanta o direito de defender seus princípios.
     Gostaria de lembrar que política (do grego politiké) entre outras coisas significa: ciência do governo das nações; arte de dirigir as relações entre os Estados; princípios que orientam a atitude administrativa de um governo; conjunto de objetivos que servem de base à planificação de uma ou mais atividades; astúcia; maneira hábil de agir; civilidade.
    A cidadania, ou o direito de cidadão, implica na participação dos cidadãos no governo da nação, se não fosse assim,  como seria possível políticos serem definidos como representantes eleitos pelo povo, se a esse mesmo povo, (a quem não se pede a filiar-se em partidos políticos, movimentos associativos, agremiações,sindicatos, etc.) não se reconhecer o direito de opinar, questionar, criticar ou elogiar  esses mesmos políticos partidários ou governantes?
     A diferença é que alguns, enquanto cidadãos, nunca fizeram política na lógica de cidadania e quando aderem aos partidos políticos, não conseguem dizer aos respectivos partidos que os seus compromissos para com o país estarão sempre acima dos compromissos com os seus partidos e os seus compromissos para com Deus estão acima de seus compromissos com a nação.
    Acredito que a causa política é muito justa, como costuma acontecer com as causas humanitárias que estão a sua volta (aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo, tráfico de drogas, crianças, adolescentes e órgãos; pedofilia, violência, concessão dos meios de comunicação, etc.) e isso para não falar do que diz respeito a um desenvolvimento sustentável (lixo, saneamento, desmatamento, energia alternativa, transporte, habitação, desemprego, aquecimento global, etc.) Faz acreditar que seja o nosso dever participar dessa guerra. Como bem falou Lewis vivendo acima do que se esperava num contexto pietista da sua época: Uma pessoa pode ter que morrer pelo seu país, mas ninguém precisa viver pelo seu país em um sentido exclusivo. Ou seja, é melhor morrer lutando do que sentar a beira do caminho e esperar a morte chegar.

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