Ir a pé ou de bicicleta ao trabalho faz bem para a mente
Nova pesquisa mostrou que substituir o carro proporciona outros benefícios além da redução de peso e melhora da saúde card
Bem-estar: Pedalar em vez de dirigir até o trabalho beneficia a mente, diz estudo (Matthew Lloyd/Getty Images/VEJA)
Substituir o carro por um meio de transporte menos sedentário é uma reconhecida alternativa para perder peso, melhorar a saúde cardiovascular e prevenir uma série de doenças. Agora, um novo estudo sugere que essa troca pode surtir outro benefício. De acordo com a pesquisa, feita na Grã-Bretanha, deixar de dirigir e passar a caminhar ou a ir de bicicleta ao trabalho melhora a saúde mental das pessoas.
Além disso, o estudo mostrou que quanto maior for a distância entre a casa e o trabalho do indivíduo, maior será o benefício da caminhada ou da pedalada sobre o seu estado psicológico.
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Esses resultados, publicados nesta segunda-feira no periódico Preventive Medicine, se basearam em dados recolhidos por quase duas décadas de aproximadamente 18 000 britânicos com idades entre 18 a 65 anos. Durante esse tempo, os participantes responderam a questionários sobre fatores psicológicos, como se estavam tristes, se tinham problemas para dormir e ou dificuldades em lidar com problemas. Eles também deram informações sobre aspectos que interferem no bem-estar, como situação financeira, casamento e filhos.
Os pesquisadores observaram que as pessoas que iam a pé ou de bicicleta para o trabalho apresentaram mais fatores que contribuíam com o seu bem-estar do que as que iam de carro. Elas também foram mais propensas a ter uma melhora na qualidade de vida ao longo dos anos. Por outro lado, quem dirigia teve uma probabilidade 13% maior de sentir-se sob pressão constantemente ou de ter dificuldades em se concentrar.
“O nosso estudo mostrou que quanto mais tempo as pessoas passam no carro, pior é a saúde psicológica e o bem estar delas. Por outro lado, esses aspectos melhoram se elas fizerem uma longa caminhada ao trabalho”, diz Adam Martin, professor da Faculdade de Medicina da Universidade East Anglia, e um dos autores da pesquisa.
Cinco passos para sair do sedentarismo
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Avalie o seu físico
Passar por uma avaliação de flexibilidade, fôlego, força muscular e composição corporal é importante para medir o progresso que virá com a prática de exercícios. Esse teste pode ser feito por um profissional de educação física. Já pessoas sedentárias com mais de 40 anos ou que tenham algum fator de risco, como sobrepeso e hipertensão, devem agendar uma consulta com um médico antes de iniciar uma atividade física. "Há recursos que traçam o perfil do indivíduo e permitem dizer se ele pode fazer exercícios mais intensos ou se deve optar pelos moderados", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros. Trata-se de testes como o cardiopulmonar, que mede a aptidão cardiorrespiratória, e o ergométrico, que avalia o coração em situação de stress, geralmente com o paciente se movimentando em uma esteira ou bicicleta estacionária.
Estabeleça metas realistas
Ter objetivos ao iniciar uma atividade física é motivador – desde que eles sejam realistas. "Uma pessoa que decidir perder 10 quilos em dois meses dificilmente vai conseguir alcançar a meta e, de certo, vai desistir do compromisso", diz Renato Dutra. O ideal, segundo o educador físico, é estabelecer objetivos de curto (um a três meses), médio (quatro a seis meses) e longo prazo (um a dois anos). "Metas possíveis para um sedentário são, por exemplo, emagrecer 1 quilo em dois meses ou, em um mês, correr 10 minutos ou subir um lance de escada sem se sentir tão cansado." Um dos melhores estímulos é enxergar os resultados.
Escolha um exercício prazeroso
É comum que corrida e musculação, pela difusão e pela praticidade, sejam as primeiras opções na hora de escolher um exercício. Mas isso não quer dizer que elas sejam prazerosas para todo mundo. A regra é experimentar diferentes modalidades até encontrar a mais agradável. "Para sair do sedentarismo, a pessoa deverá buscar um exercício com o qual se identifique", diz Renato Dutra. "Só assim ela descobrirá que, em vez de musculação, prefere pilates, ou que se sai melhor na dança do que na corrida."
Comece devagar
Pessoas que não estão acostumadas a se exercitar devem começar uma atividade física aos poucos, com uma intensidade leve e respeitando os limites do corpo. Isso vai ajudar a evitar lesões e diminuirá as chances de o indivíduo se sentir desestimulado com o exercício. Variar as modalidades também é uma medida que ajuda a espantar o desânimo. "Faça, por exemplo, musculação em um dia, um exercício aeróbico no outro e uma aula de alongamento no dia seguinte”, diz o educador físico Renato Dutra.
Persista nos novos hábitos
Dra. Eloisa Silva Psicóloga |
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